terça-feira, 11 de janeiro de 2011

A Primeira Garota

Sempre acontece um primeiro amor não é mesmo?
Digamos que o meu foi meio conturbado e triste.
Nunca fui uma garota completamente normal em vista das outras meninas, mas também nunca pensei em ser lésbica, foi quando eu conheci a Débora.
Garota normal, tipo patricinha, toda metidinha...
Fizemos um desses encontros religiosos juntas e começamos a conversar. 
O meu jeito de olhar pra ela foi mudando. Cada vez mais eu queria estar perto dela, sentir o cheiro do perfume dela...
É muito complicado você ter que assumir pra você mesma que está apaixonada por uma garota. 
É tudo muito diferente, um mundo novo que você descobre ao seu redor. Talvez ele sempre estivesse aí, só esperado você olhar pra ele.
Cada vez mais eu ia me envolvendo com a Débora e eu estava perdidamente louca de amor por ela. Foram emoções nunca sentidas até então, sentimentos inexplicáveis que eu achava que fosse impossível de se sentir.
Fiquei completamente desesperada. Não podia contar pra ninguém o que eu estava sentindo, e muito menos pensar em me declarar pra ela.
Débora é uma daquelas garotas que nunca vão deixar de ser hetero. 
Depois de algum tempo, acabei mandando uma carta anônima pra ela. Foi quando ela descobriu que era eu.
Conversamos e ela me prometeu amizade porque não podia me dar nada além disso.
Fiquei feliz por ela ter me falado que ia continuar sendo minha amiga, mas infelizmente foram só palavras. 
Simplesmente ela me excluiu de todos os sites de relacionamento e nunca mais olhou pra minha cara.
Quer coisa pior?
Ela contou pro namorado dela. Ele contou para os amigos dele.
Foi uma decepção incontestável.
Ela sempre que pareceu tão sensata e cult, não passava de uma patricinha fútil e rude.
Felizmente hoje já não penso tanto nela como pensava até uns meses atrás, mas confesso que as vezes tenho uma recaída e acabo vendo algumas fotos ou lendo seus tweets.
Aprendi que não se deve pensar que as pessoas são o que parecem ser. Mesmo que você esteja cega com aquela paixão, deve-se lembrar que na maioria das vezes as coisas não funcionam do jeito que a gente quer.
Foi bom porque amadureci, mas foi ruim porque hoje tenho uma ferida muito sensível.
É isso.

Um comentário: